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Limite físico pode levar à resiliência

Hoje quero falar sobre o quanto a lesão física limita. E para esse artigo em específico, falarei da condromalácia patelar, que é um desgaste na cartilagem do joelho que acaba ocasionando dor e inflamação no local. É uma condição, portanto, que limita as atividades físicas e até mesmo, aquelas situações de movimentos simples do dia a dia.

Muitos atletas são afetados e acometidos por esse tipo de lesão e não podem mais exercer aquilo que amam, entrando em depressão ou desenvolvendo outros tipos de transtornos como ansiedade, melancolia, entre outros.

Mas quais os motivos do emocional ser afetado?? As razões subjetivas variam, pois além de conviverem com a dor física que já é algo difícil, imagine somado a isso a dor de sentir-se distante dos ofícios, funções e hobbies que antes praticavam?! Sem dúvidas é algo que muda a vida externa e internamente.

A dor pelo fato de não frequentar mais aquele grupo de amigos que antes se reuniam em prol do esporte, não terá mais o mesmo significado esse sentimento de perda dói!

O que fazer para desenvolver força mental para superar a limitação física e conviver com a dor? Recomendo construir algo novo! E quando envolve a saúde física, lhe digo, terá que aprender a lidar com situações já conhecidas, agindo diferente, com um corpo que não mais rende ou se locomove como antes. Se adaptar a outras atividades, estabelecer novas rotinas, frequentar outros ambientes e em alguns casos, até estabelecer novos vínculos.

A limitação física exige um recomeço, um reinventar-se no dia a dia. Mas para que os recomeços aconteçam é preciso desenvolver resiliência, ou seja, mais força mental e emocional . E quando digo força, falo em você trabalhar em si a aceitação da sua nova condição, das suas novas emoções, deve permitir-se senti-las e aprender algo com isso.

Saiba que o seu sofrimento interno é natural, ninguém vai reagir bem diante de uma lesão ou de algo que limite, mude a vida. Então, se for preciso chore e procure conversar com pessoas de sua confiança, não sinta vergonha de procurar ajuda da psicologia. Seu emocional precisa estar fortalecido e você precisa se reconhecer nesse novo corpo, aceitar, elaborar… só assim desenvolverá a resiliência.

Existem pessoas que nessas condições buscam algo para se motivar, se inspirar. Um exemplo, que incluo aqui com sua permissão, é da Patrícia Deud que convive com a condromalacia. Ela desenvolveu resiliência e hoje, inspirada, segue falando disso para ajudar outras pessoas; construiu algo novo a partir da dor. Procurar grupos de apoio de pessoas na mesma condição pode ajudar através da identificação com os iguais, amizades, fé.

Saber que você não está sozinho ajuda a superar internamente sua dor emocional. Você está se sentindo limitado fisicamente, sofrendo com a dor, mas pense: você tem sua saúde mental e emocional ainda, precisa cuidar dela, assim novas possibilidades nascerão. Tenha esperança de algo novo. Lutar e vencer depende de você!!!

Autora | Alessandra Taborda | CRP 08/09339