Você tem Burnout?

3 Dimensões da Síndrome de Burnout, o que é, como reconhecer, quais os seus efeitos e como tratar.

Você tem Burnout? Cansaço excessivo, baixa realização profissional, isolamento, falta de interesse pelo trabalho, depressão, esgotamento, ausência de sentimentos com as pessoas são alguns dos sintomas do Burnout! Saiba como reconhecer e tratar.

A Síndrome de Burnout é definida basicamente como estresse de pessoas que trabalham com pessoas. É uma doença que teve definição e seu diagnóstico aumentado nos últimos anos.

Burnout, vem do inglês e significa queima exterior, exaustão. Provoca o esgotamento mental, emocional e físico em quem dela padece.

Geralmente as pessoas atingidas por esta síndrome são profissionais que trabalham diretamente com público, ou seja, mantém o contato constante e sucessivo com outras pessoas, como por exemplo: educadores, profissionais da saúde, profissionais de setores públicos que lidam na área de assistência social,  atendimento a população, entre outros. 

O estresse emocional provocado no dia a dia, durante essa lida com o outro, libera hormônio cortisol na corrente sanguínea, que é altamente nocivo à saúde física.

As emoções provocadas no dia a dia frente a situações inusitadas, diversas e peculiares, muitas vezes provocam sentimentos de angústia, frustração frente aos desafios e, às vezes, medo. O cansaço mental provocado pela manutenção da atenção, do funcionamento sobre pressão, da lida com o relógio e controle do tempo, em alguns causam o aumento do estresse.
Tudo isso são as reações fisiológicas, físicas, mentais e emocionais, que afetam a todos os dias, porém no Burnout isso é ampliado e elevado a um grau de insuportabilidade diante da realidade, que levam a pessoa a estagnação e declínio interno.

Os relacionamentos interpessoais, exigem manutenção, investimento emocional, dedicação e interação, o que para algumas pessoas com perfil mais social, significa algo bom, fácil e prazeroso. Para perfis mais introvertidos, podem significar desgaste, esforço emocional e não tão prazeroso de se fazer. Esses são os mais propensos a desenvolverem o Burnout

O investimento no relacionamento intrapessoal, o cuidado consigo mesmo no dia a dia, na maioria das vezes, não acontecem para quem sofre de Burnout

O sofredor de Burnout tenta apagar um “incêndio” aqui e outro ali e acaba se queimando!

Dra. Alessandra Taborda

O sofredor do Burnout, é alguém que não para, não pisa nos “freios da vida” para cuidar-se. Vítima de si mesmo, não se desliga dos seus próprios afazeres, tem muitas tarefas e atividades, compromissos com os outros, tenta apagar um “incêndio” aqui e outro ali, e isso faz com que ele queime a si mesmo, queime seus próprios sentimentos, gaste suas energias; ele acende a chama de suas emoções que num primeiro momento parecem funcionar como combustível para realizar aquilo que precisa ser feito, mas com o passar dos dias, meses e anos, isso vai tomando um rumo que nem mesmo ele previa, sabia ou se dava conta.

A questão é que a pessoa só perceberá o quão foi negligente consigo mesmo, deixando-se em segundo plano, não parando para pensar em si, para analisar seus próprios sentimentos, avaliar suas emoções, refletir sobre seus próprios comportamentos e atitudes, quando já está doente.

Então alguns vão em busca de ajuda e vem o diagnóstico: síndrome de Burnout. 

Alguns autores alegam que a Síndrome de Burnout é diferente do estresse, porque gera um comportamento negativo em relação aos clientes, pacientes e ao próprio ambiente de trabalho, enquanto que o estresse não interfere nesses aspectos. Outros autores acreditam que o Burnout seria uma consequência mais elevada de estresse desencadeado pelo trabalho.

As 3 dimensões da síndrome de Burnout caracterizam-se em 3 estágios:

  • Exaustão emocional: cansaço excessivo e profissional perde o interesse pelo trabalho;
  • Despersonalização: ausência de sentimentos em relação as outras pessoas do trabalho, tanto equipe, quanto clientes, alunos e/ou pacientes;
  • Baixa realização profissional: isolamento, depressão, dores no corpo (fibromialgia), esgotamento de energia, letargia, irritabilidade, baixa tolerância com pessoas, transtorno alimentar, transtorno do sono e sentimentos de menos valia.

A Síndrome de Burnout é uma das doenças mais incapacitantes dos últimos tempos e a maior em relação ao excessivo número de afastamentos do trabalho por indicação médica.                                           

Quando na última dimensão ou estágio da evolução da doença, a pessoa acometida por esse mal precisa ficar afastada das suas atividades profissionais e se tratar com dedicação, pois se assim não o fizer, poderá ficar incapacitada pelo restante da sua vida, tendo inclusive que deixar em definitivo seus círculos de convivência social e de trabalho. Muitas vezes no último estágio do Burnout, outras comorbidades associadas levam a pessoa a incapacitação e declínio psicosocioemocional e laboral. 

Para o tratamento é preciso buscar ajuda médica e de um profissional da psicologia.

Para facilitar o tratamento e a busca pela cura, o portador terá que entender sobre a síndrome, revisar os caminhos que o levaram a desenvolver os sintomas,  ressignificar sua história, rever suas atitudes e cuidados consigo mesmo, aumentando a qualidade de vida em todos os sentidos. Na síndrome de Burnout, todo cuidado consigo é pouco.

Não se deixe para depois!
A pessoa mais importante da sua vida é você mesmo, sua saúde física e mental, cuide-se!

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